POEMA NA PRAÇA II
Ontem, sábado, ao passar pela praça Afonso Pena (centro de São José dos Campos) percebo ao longe uma movimentação e sons próximo a igreja/espaço cultural São Benedito. Me aproximo, como habitualmente faço ao identificar que está acontecendo algum movimento cultural na rua e muito prazerosamente permaneço por um tempo para apreciar. Nesses últimos anos tem sido mais comum essas manifestações nas praças da cidade.
Além dos poemas/poesias/instaurações interpretadas e improvisadas por artistas da cidade e da região observo ao redor a movimentação de profissionais liberais (profissionais do sexo) negociando os prazeres da carne. Ali.
De um lado a vida correndo, pulsando, se fazendo na realidade dos corpos ofertados ao ar livre. O Bailar dos corpos numa dança viva. Despidas de máscaras e protegidas por maquiagens tênues.
De outro a metáfora. A vida em conta gotas nas vísceras de artistas que anseiam tornar menos doloroso o ato de viver. Como bálsamo para suportar a miséria das representações cotidianas, o som, as vozes, o poema, as lágrimas, as árvores, os corpos, rasgam o tempo/espaço com intencionalidade. A intencionalidade de existir de forma plena e repleta de si. A comunhão das semelhanças que permite a unicidade do ser. O tempo eternizando cada gesto no espaço. Cada sentimento, desejo, sensação ou gozo. O Rito das singularidades. Somos metade puta/metade artista.
Além dos poemas/poesias/instaurações interpretadas e improvisadas por artistas da cidade e da região observo ao redor a movimentação de profissionais liberais (profissionais do sexo) negociando os prazeres da carne. Ali.
De um lado a vida correndo, pulsando, se fazendo na realidade dos corpos ofertados ao ar livre. O Bailar dos corpos numa dança viva. Despidas de máscaras e protegidas por maquiagens tênues.
De outro a metáfora. A vida em conta gotas nas vísceras de artistas que anseiam tornar menos doloroso o ato de viver. Como bálsamo para suportar a miséria das representações cotidianas, o som, as vozes, o poema, as lágrimas, as árvores, os corpos, rasgam o tempo/espaço com intencionalidade. A intencionalidade de existir de forma plena e repleta de si. A comunhão das semelhanças que permite a unicidade do ser. O tempo eternizando cada gesto no espaço. Cada sentimento, desejo, sensação ou gozo. O Rito das singularidades. Somos metade puta/metade artista.
Adrianno Rodrigues
Poemas de Rosana Rosa na voz do Ator Cesar Cruz
MÃOS
MÃOS PARA O PIANO
O CIMENTO
A MASSA
A TERRA.
MÃOS PARA O GIZ
A PELE
CABELOS
MÃOS CALEJADAS OU DELICADAS.
MÃOS QUE TOCAM
CONSTROEM
FAZEM O PÃO
NOS DÃO O PÃO
AGRADECEM EM ORAÇÃO.
Rosana Rosa
15/09/2014 - 18:2O
São José dos Campos
PS: Recebi este poema, escrito em papel reciclável; entregues de forma aleatória, das mãos da artista.
A um tempo atrás também fui presenteado numa outra praça da cidade, com um poema, por uma ilustre desconhecida que dançava alegremente e me estendeu os braços ofertando o poema retirado de um varal poético estendido no local. Abaixo deixo registrado tal poema.
VAMOS DANÇAR
VAMOS DANÇAR?
POR ENTRE OS ARVOREDOS, OS GIRASSÓIS,
AS BORBOLETAS, VERSOS E LETRAS.
VAMOS DANÇAR?
NA ACADEMIA, NA PRAÇA,
NA MINHA CASA OU NA SUA?
NO MEIO DA RUA.
VAMOS DANÇAR.
EMBALAR NOSSOS CORPOS
DECLARAR NOSSOS VOTOS
DE (E)TERNA PARCERIA
AO SOM DE ROCK, REGGAE, MPB.
VAMOS DANÇAR.
CANTAROLAR,
MOVIMENTAR NOSSOS CORPOS E MENTES
SUAR,
ESPALHAR A ALEGRIA PRESENTE
PRESENTE DA VIDA.
VAMOS DANÇAR!!!
Rosana Rosa e Humberto Soares
04/06/2013
Santa Isabel.
ADRIANNO RODRIGUES

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