A Falência da Cultura ou a Cultura da Falência

Paira no ar um sórdido espetáculo onde o teatro empalidece frente a manipulação de interesses públicos da cidade de São Paulo. Possível fechamento de oficinas culturais, segundo artístas e afins, levantam a discussão sobre a politica cultural. Afinal, pra que serve a Cultura?

Estabelece assim a "falência da cultura" ou a "cultura da falência", onde o que rege nossa história cultural é a politica pública na qual as redeas estão em mãos engajadas num bem maior: o interesse próprio. Na medida em que não interessa mais para alguns a continuidade de projetos bem estruturados, por talvez não mais atenderem a "outras" expectativas, descarta-se sem fazer uso daquilo que se atende por 'democracia'. A mesma protagonista nas épocas eleitorais e a qual não existe de fato em todas as decisões e ocasiões.

Numa sociedade onde a arte vive á margem, como é possível estabelecer uma relação onde os interesses não sejam tão nebulosos? Existem relâmpagos por todos os lados, mais pouco se discute sobre a democratização cultural. O teatro é pra todos? Pra poucos?

Muito se fala, pouco se faz, embora na atualidade existam muitos programas que se voltam para tornar acessível o teatro, a dança, e outras áreas artísticas.

Ainda acredito que é possível sair da inércia e mover para caminhos menos torturosos, sobrevivendo com o suor no rosto e a alma limpa.

Adrianno Rodrigues